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jul
12

Coloração da cebola é diferencial de mercado

O processo de coloração do bulbo da cebola está relacionado à cultivar. Sabe-se que cebolas de ciclo curto são mais claras, enquanto as de ciclo longo são mais escuras e, portanto, de maior aceitação no mercado, já que sua aparência é melhor. Por outro lado, os materiais de ciclo intermediário têm a coloração mais amarelada, e são mais amplamente cultivados no Sul do Brasil.

A boa formação da casca, explica Volmir Borssatto, engenheiro agrônomo e produtor rural em Ituporanga (SC), depende de todo o processo de condução da lavoura e da cura a campo, que pode auxiliar na coloração. Posteriormente ela vai para o depósito, onde permanece em ambiente escuro, para firmar ainda mais sua coloração.

Adaptação

Cada região brasileira tem as cultivares mais adaptadas às condições locais, e por isso devem ter indicação específica para tal, conforme as horas luz recomendadas para a maturação do bulbo.

De acordo com Volmir Borssatto, quanto mais longo o ciclo da cebola, mais intensa é sua coloração, no entanto, esses materiais são indicados especialmente para o Sul do Brasil.

Detalhes que fazem a diferença

O tratamento de condução da lavoura é um ponto muito importante para a coloração da cebola, assim como manter a área foliar, que é responsável indiretamente pela qualidade dos bulbos. “O ideal é manter em torno de 12 folhas por pé de cebola”, recomenda o agrônomo.

Volmir Borssatto indica ainda que a colheita seja feita no momento mais adequado, ou seja, na fase de maturação fisiológica, com as folhas ainda verdes. O próximo passo é a cura a campo, etapa fundamental para fazer a secagem das folhas e para a obtenção da coloração.>

A fase final é a armazenagem, realizada em galpões em estaleiros, onde as cebolas ficam protegidas da luz, com boa circulação de ar entre as camadas dos estaleiros, o que dá o tom mais intenso aos bulbos.

Manejo especial

Todos os tratamentos que são aplicados nas cebolas de ciclo mais curto ou intermediário são também dados aos materiais de coloração intensa. “O manejo é semelhante. O que diferencia a cor entre uma e outra é, geralmente, a cura a campo e armazenagem no local apropriado, abrigado do sol e com boa ventilação”, pontua Volmir Borssatto.

Erros fatais

Entre os principais erros cometidos pelos produtores está a armazenagem de produto em excesso em áreas restritas. Esse fator pode acarretar em prejuízos à qualidade do produto final, já que a passagem do ar será limitada.

Ainda, o recolhimento dos bulbos no campo na época correta, ou seja, quando da secagem das folhas, é um ponto crucial, assim como evitar a queima pelo sol, que prejudica a casca, e a terminação do bulbo no momento ideal de secagem.

Novidades atuais

O sistema mecanizado de cultivo é a novidade citada por Volmir Borssatto. “Temos o cultivo tradicional, em canteiros, mas tenho notado uma tendência nos últimos anos para a semeadura direta, e talvez até o arranquio e recolhimento com máquinas, em virtude dos problemas trabalhistas e da escassez de oferta de mão de obra no setor”, prevê o agrônomo.

Disponível em:http://www.revistacampoenegocios.com.br/

 

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